Como será o consumidor do futuro?

Que preferências dos consumidores vão ter um impacto significativo no futuro do retalho? Veja neste artigo!

03 · 04 · 2019

O retalho está, aos poucos, a transformar a forma de interagir com os clientes. O consumidor não é mais o mesmo e está a aprender a ser mais criterioso e menos impulsivo. Hoje, os consumidores podem conseguir o que quiserem em qualquer lugar, através da internet.

Para responder ao novo consumidor, é essencial que os retalhistas estejam preparados para as mudanças que estão a chegar. Não é mais suficiente oferecer algo que as pessoas precisam, mas sim o que elas querem.

Algumas maneiras de conseguir isso é distinguir a sua marca de outras formas, com a criação de conteúdos partilháveis, trabalhar a experiência do cliente e ter uma presença forte nas redes sociais.

Apresentamos algumas das principais tendências que vão moldar o consumidor do futuro:

Ansioso e racional. As próximas gerações vão querer tudo no imediato, sonham pouco e alcançam objetivos com facilidade.

Tudo ao mesmo tempo e agora. O atual conceito de realização pessoal, focado na profissão, será uma coisa do passado. Vai dar lugar ao indivíduo que quer dominar a sua vida e o seu tempo. Que trabalha no que gosta e quer fazer dos seus tempos livres uma fonte de rendimento.

Globalizado. Esta geração constrói relações pautadas na ausência de fronteiras. Para eles, os outros países não são meros destinos turísticos. Viajam para se qualificar, ampliar conhecimentos e trocar valor.

Exigente na hora da compra. O consumo consciente será uma preocupação crescente nas classes mais altas e a forma como as marcas lidam com a justiça social e o respeito pelo ambiente pesarão na decisão de compra.

Independente. Os mais jovens recusam-se a fazer dinheiro para os outros e, pelo acesso à informação, sentem-se preparados mais cedo para começar a vida profissional. Criativos, serão experts em identificar novas oportunidades, carreiras e nichos de negócios inéditos.

É aquilo que veste. No que diz respeito à moda, a procura pela diferenciação vai ser cada vez maior. A personalização já é um fator importante atualmente, mas vai tornar-se numa exigência cada vez mais forte dos clientes. A boa notícia é que para ter acesso à compra personalizada, os consumidores estarão dispostos a partilhar informações sobre os seus perfis e preferências. Com esses dados e ferramentas que ajudem a utilizar as informações de maneira estratégica, as vendas no futuro devem oferecer experiências únicas ao cliente.

Prevê-se que em 2025, os novos consumidores vão optar por empresas de retalho de todo o mundo com as características abaixo numeradas:

1. Criadoras do sentido de comunidade

Os consumidores irão a centros comerciais à procura de experiências comunitárias, onde comprar produtos é uma experiência integrada, com interações sociais, o que impulsionará a lealdade a retalhistas.

As lojas vão tornar-se centros de atividade, com “recompensas”, como produtos exclusivos, experiências envolventes que melhorem a perceção da marca, ou serviços de lifestyle que têm como objetivo fornecer soluções simples para estilos de vida ocupados, encorajando a participação numa comunidade com valores semelhantes.

A conduzir esta tendência, mais de 70%   dos consumidores da geração Z já preferem espaços que proporcionem uma oferta positiva e memorável, e 50%   dos jovens de 20 anos procuram experiências de retalho aprimoradas nas lojas físicas.

2. À procura de heróis

Os futuros consumidores vão dar uma importância ainda maior à ética das marcas. Mais de 50% dos consumidores já consideram as práticas éticas e de transparência importantes na credibilidade da marca. Esta crença irá crescer significativamente e moldar os negócios de retalho, os locais e as atividades nas quais o consumidor do futuro vai procurar envolver-se.
O cliente privilegiará espaços que se envolvem com as comunidades, que retribuem, ou marcas que empregam e apoiam as pessoas do local onde estão inseridas. Por esta altura, os consumidores já procuram marcas cujos valores refletem os seus.

3. Equipas envolventes e inteligentes

Para irem às compras, os consumidores vão querer um staff bem informado e entusiasta. Mais de 70% dos clientes consideram que ter uma equipa de vendas com um conhecimento detalhado do produto e com confiança na tecnologia da loja são fatores essenciais para a lealdade perante uma marca. Para o retalho e destinos de lazer, isso vai implicar empregar fãs da marca, com inteligência emocional, altamente motivados e bem pagos – indivíduos que têm conhecimento sobre as marcas, as lojas e as experiências disponíveis num espaço.

Como estar por dentro das novas tendências?

Use as redes sociais. As redes sociais ofereceram às empresas uma riqueza de dados sobre o que os clientes querem, com base no que eles partilham com os seus amigos, familiares e seguidores no Facebook, Twitter e noutros canais. As empresas podem usar esses dados para entender o que motiva os consumidores a partilharem determinado conteúdo.

O objetivo não é apenas oferecer um bom produto. Hoje, os melhores produtos nem sempre são os produtos mais vendidos. Os best-sellers são os que oferecem a melhor experiência ao cliente.

Anteriormente, uma boa campanha de marketing era o que impulsionava as vendas. Atualmente é a experiência do cliente que faz ou impede uma compra.

Dê aos clientes uma experiência para partilhar. Uma experiência é partilhada quando um cliente é tratado de forma individual, mesmo com conteúdos que são feitos para muitas pessoas verem. O cliente precisa de ter um sentimento de que a comunicação foi feita exclusivamente para ele e para o representar. Os consumidores atuais estão a afastar-se de grandes empresas impessoais e a abraçar as empresas que fazem um esforço para criar uma ligação pessoal.

Desta forma pode melhorar a experiência dos clientes ouvindo o que eles querem e mantendo-se atualizado com as últimas tendências.

Crie um modelo de negócio centrado no seu público e os resultados futuros vão ser positivos!