A inteligência artificial pode mudar os recursos humanos

Programas com inteligência artificial (IA) são ótimos aliados em processos de recrutamento e resolução de problemas internos

26 · 11 · 2018

Nos cinemas, a IA é muito representada por robots humanoides que queriam dominar o mundo. Imagem: Divulgação.

O principal objetivo da inteligência artificial é simular a capacidade humana de raciocinar. Por isso, é um ramo da ciência da computação que procura desenvolver dispositivos ou máquinas que aprendam com as informações que colecionam e armazenam na sua memória, tonando-se progressivamente mais inteligentes.

Com a inteligência artificial é possível analisar e armazenar dados, além de adquirir, representar e manipular saberes. Ou seja, um sistema IA é capaz de deduzir novos conhecimentos a partir de informações previamente existentes, além de desenvolver novos métodos para resolver problemas complexos.

A inteligência artificial (IA) é normalmente ligada a robots humanoides, tais como Sophia e Han, criados pela chinesa Hanson Robotics, ou como o temido androide de “O Exterminador Implacável”, interpretado por Arnold Schwarzenegger nos anos 80 e 90. No entanto, saudações como “E aí, Siri!” ou “Ok, Google!” já são familiares e fazem parte do nosso quotidiano. Isso acontece porque a inteligência artificial deixou de ser coisa do futuro para se tornar uma realidade atual.

A presença da Siri, Google Assistant ou da Alexa nos nossos telemóveis é apenas um exemplo do uso da IA na vida real. Hoje em dia, a tecnologia – que dá às máquinas e programas o poder do raciocínio – também está presente em variadas aplicações virtuais, desde jogos até softwares criados para suprir algumas necessidades de organizações empresariais.

Isso mesmo, a inteligência artificial está a permitir melhorias internas, eficiência na produtividade e resultados positivos nos negócios. Portanto, está mais do que na hora de esquecer a visão cinematográfica de que a IA é apenas uma forma de ajudar robots a dominarem o mundo após receberem preparação e tornarem-se quase humanos. Fora dos ecrãs, essa tecnologia tem sido a “heroína” de muitos sectores, entre eles, o de recursos humanos (RH).

 

Possibilidades de IA no RH

 

Embora os recursos humanos não seja bem a área que nos vem à mente quando falamos em inteligência artificial, a tecnologia está a ser considerada uma mais-valia para o recrutamento de profissionais em diferentes organizações. Com ajuda da inteligência artificial, a triagem de milhares de candidatos a uma vaga na empresa pode ser feita numa velocidade extremamente maior do que um profissional da área.

A IA também proporciona uma avaliação de talento de candidatos sem os preconceitos culturais existentes em recrutadores humanos. É claro que não caberá à máquina a decisão final da contratação, mas é certo que ela ajudará a optimizar o processo de tomada de decisão.

As equipas de RH também beneficiam-se da grande capacidade de colecionar dados em diversas fontes para compreender melhor alguns problemas internos da empresa. Por meio das informações colecionadas, é possível avaliar o engajamento e a produtividade dos colaboradores – as previsões podem demonstrar desde quem terá mais sucesso até quais são os profissionais com maior risco de rotação ou problemas de rendimentos –, bem como ter insights sobre os motivos pelos quais os funcionários saem da empresa, identificando instantaneamente aspetos críticos da equipa. Logo, fica mais viável construir e colocar em prática planos de melhoria e ações que resolvam problemas de recursos humanos.

Com todos esses benefícios e o grande potencial para ajudar ainda mais os recursos humanos, não é difícil saber que muitas empresas já estão a apostar na IA para enfrentar os desafios de gestão. Portanto, não estamos a falar de uma tecnologia do futuro, mas de uma potencial ferramenta que já deve ser explorada pelas equipas de RH para que elas se tornem mais proativas e estratégicas dentro dos seus programas. Afinal, o uso da IA não implica na substituição de mão-de-obra, mas na colaboração entre máquinas e humanos.

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