O virtual tornou-se realidade

Está na hora de implementar técnicas da realidade virtual nos seus negócios

26 · 12 · 2018

A realidade virtual já não é uma coisa do futuro, ela está entre nós e deve ser aproveitada o quanto antes nos negócios. As grandes marcas sabem disso e já estão a investir na produção de conteúdos em realidade virtual como uma forma de deslumbrar os seus clientes, ganhar destaque no mercado e ter uma boa vantagem competitiva sobre os concorrentes que são mais cautelosos.

O poder aquisitivo das empresas maiores influencia diretamente no facto delas serem as primeiras a usarem qualquer inovação. No entanto, com a popularização das tecnologias, é certo que, muito em breve, empreendimentos menores apostem na realidade virtual, principalmente na produção de conteúdos para campanhas publicitárias.

Mas, por que investir nessa tecnologia? Primeiro, porque ser pioneiro no uso da realidade virtual como estratégia de marketing é fundamental para quem tem interesse em impressionar o público e tornar-se referência no seu mercado. Segundo, porque é comprovado cientificamente que a imersão em conteúdos tem influência sobre o comportamento dos compradores, ou seja, o marketing de realidade virtual tem tudo para apresentar ótimos índices de conversão. Terceiro, porque estamos na era da produção de conteúdos interativos e a realidade virtual tem a capacidade de colocar os utilizadores como partes integrantes do conteúdo.

Nova realidade nas campanhas de marketing

Pesquisas científicas indicam que as experiências com realidade virtual têm impacto em áreas do cérebro que são responsáveis pela tomada de decisões. Também está comprovado que a tecnologia interfere nas nossas reações e até emoções. Nós, como consumidores, já sabemos disso. Estamos conscientes da realidade virtual e suscetíveis a imergir em experiências com essa tecnologia.

Numerosas pesquisas mostram que a realidade virtual é, por enquanto, a única tecnologia que permite a presença de todo o tipo de produto ou serviço. Com o apoio dessa inovação, os clientes passam a vender para si, restando às empresas apenas facilitar o processo de compra e venda com alguma aplicação, vídeos 360 ou óculos de papelão.

Assim, fica evidente que campanhas de marketing ancoradas na realidade virtual têm grande potencial para apresentar índices positivos de conversão. Mas, para isso, é preciso aliar a tecnologia a um conjunto de táticas e estratégias.

Onde aplicar o marketing de realidade virtual?

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A realidade virtual pode ser um meio para apresentar a marca de uma maneira mais atrativa aos clientes. Foto: Divulgação/Shutterstock.

 

O primeiro passo para quem deseja aplicar o marketing de realidade virtual na sua empresa é perceber em qual parte da jornada do consumidor é preciso interferir. Para isso, é preciso ter em conta que o principal objetivo desta técnica é fazer a imersão do cliente na experiência da marca.

Geralmente, o primeiro uso da tecnologia no marketing da empresa é focado na familiarização do consumidor com o produto ou serviço oferecido. E o segundo está no estágio de decisão. A utilização nessas duas fases é muito semelhante, embora esteja concentrada em coisas diferentes.

Quando a necessidade está na apresentação da marca ao cliente, a realidade virtual deve ser pensada como um meio de entretenimento, para tornar os recursos mais atraentes, de modo a surpreender os consumidores. Por outro lado, na fase de decisão, o marketing de realidade virtual precisa ser mais técnico. Neste momento da jornada do consumidor, é necessário mostrar tudo que o produto tem a oferecer e como poderá satisfazer as suas exigências.

Como começar a investir?

Quem pretende começar a investir no marketing de realidade virtual, precisa ter em conta as diferentes formas de investimento nessa área, que vão desde as mais simples até experiências de imersão completas. Três exemplos básicos do uso de marketing de realidade virtual para iniciantes são os cardboards, vídeos 360º e aplicações.

Os cardboards são os “óculos caseiros”, criados pela Google, que podem ser feitos de materiais baratos e com pouco esforço por parte dos utilizadores. Eles são concebidos para dar suporte ao desenvolvimento de aplicações de realidade virtual. Portanto, são fundamentalmente dependentes de softwares, aplicações e conteúdos imersivos.

A geração de conteúdos imersivos é um dos passos iniciais para quem quer entrar no mundo do marketing de realidade virtual. Os vídeos e fotos 360 são alguns exemplos desse tipo de conteúdo. Este material deve ser feito com equipamento específico, pois não há opção de conversão. As imagens de 360 graus, por exemplo, precisam de ser feitas com câmaras próprias e há empresas e profissionais especializados nesse tipo de serviço.

Tanto os óculos como os conteúdos só conseguem tornar-se viáveis com a interferência de um software ou aplicação. Os programas de realidade virtual são o caminho para que o conteúdo imersivo seja exibido nos óculos. Portanto, são mecanismos de entrega da experiência e merecem muita atenção. Afinal, a qualidade da experiência de imersão é a maior capacidade da realidade virtual e são as aplicações, programas e plataformas as responsáveis por isso.

 

Turismo virtual: o investimento do Porto

A realidade virtual começou a ser utilizada pela Câmara do Porto como uma estratégia de marketing para o turismo. A cidade resolveu investir numa aplicação, que pode ser utilizada com os óculos de realidade virtual, na qual as pessoas podem fazer um passeio virtual pelos locais turísticos do Porto.

Essa aposta na realidade virtual mostra que não são apenas as grandes marcas que estão a investir nessa tecnologia como estratégia de marketing. Afinal, como a cidade poderia não só informar sobre a sua história como também imergir futuros turistas nos seus pontos icónicos antes mesmo de eles desembarcarem no Porto?